Nouakchott, 13 de março – A comunidade guineense radicada na Mauritânia reuniu-se na quinta-feira com a Embaixada da Guiné-Bissau naquele país para discutir a crescente preocupação com detenções arbitrárias e expulsões. O encontro contou com a participação do secretário da embaixada, Samba Embaló, que ouviu relatos angustiantes sobre a situação dos imigrantes guineenses.
O principal ponto de preocupação levantado pela comunidade foi a extrema dificuldade em obter autorização de residência. Segundo os presentes, as autoridades mauritanianas exigem documentos considerados praticamente impossíveis de obter, como contrato de trabalho, certidão de casamento e contas de serviços públicos etc… No entanto, os próprios empregadores recusam-se a fornecer contratos formais, deixando muitos trabalhadores em situação irregular e vulnerável.
A precariedade laboral também foi destacada. Além da falta de contratos, há patrões que simplesmente se recusam a pagar pelos serviços prestados, o que já desencadeou tensões. Um dos episódios mais alarmantes envolveu um cidadão maliano que, revoltado com a situação, agrediu violentamente um mauritano, expondo a insatisfação crescente entre os imigrantes.
Outro problema grave afeta as crianças guineenses nascidas na Mauritânia. Apesar de nascerem no país, não lhes são concedidos documentos, deixando-as sem qualquer estatuto legal. Esta situação está impedindo-as de frequentar a escola nestes tempos difíceis.
Além das dificuldades impostas pelas autoridades locais, a comunidade também manifestou descontentamento com a atuação da representação diplomática da Guiné-Bissau. A falta de renovação de passaportes tem agravado ainda mais a incerteza dos emigrantes, que pedem ao governo guineense uma intervenção mais eficaz junto das autoridades mauritanianas para facilitar a regularização da sua permanência.
Enquanto as rusgas e detenções continuam, os guineenses na Mauritânia vivem num estado de insegurança constante. Muitos temem sair de casa, pois há relatos de cidadãos detidos nas ruas e posteriormente abandonados na fronteira com o Senegal, sem qualquer apoio. Apesar do cenário desolador, há ainda quem mantenha a esperança de que desta vez as autoridades guineenses não deixarão os seus cidadãos entregues à própria sorte.
RTB
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