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Vários dirigentes do PAIGC, atualmente integrados no governo de iniciativa presidencial, manifestaram a sua discordância em relação à postura de Domingos Simões Pereira, líder do partido. Numa carta datada de 4 de fevereiro e dirigida ao presidente do Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização do PAIGC, Aly Hijazy, os signatários expressam preocupações sobre as recentes declarações de Simões Pereira, que indicou a intenção de assumir interinamente a Presidência da República a partir de 27 de fevereiro.

No documento, assinado por nomes como Mário Musante da Silva, Carlos Nelson Sano, José Carlos Esteves e Gualdino Afonso Té, os dirigentes alertam para uma possível violação dos Estatutos do partido. Segundo os subscritores, a acumulação do cargo de presidente do PAIGC com o de Presidente Interino da República representaria uma incompatibilidade política e estatutária.

Além disso, a carta menciona rumores sobre as circunstâncias em que Domingos Simões Pereira deixou recentemente o país, alegando que tal situação pode afetar a imagem do partido. Perante este cenário, os signatários pedem que o Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização analise a questão e tome as medidas necessárias para proteger os interesses do PAIGC.

Defendem ainda que qualquer solução deve ser encontrada através do diálogo interno, garantindo que os interesses do partido e dos seus militantes sejam devidamente salvaguardados.