A Marcha Verde e a Resolução 2797 celebradas em Bissau
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Por: Redação

November 7, 2025

November 7, 2025

Por ocasião da comemoração do 50.º aniversário da gloriosa Marcha Verde, a Embaixada do Reino de Marrocos na Guiné-Bissau e a Associação dos Estudantes Guineenses Formados no Reino de Marrocos organizam, de 7 a 12 de novembro de 2025, diversas atividades culturais e desportivas sob o tema «A Marcha Verde: Celebração da Resolução 2797».

Uma marcha que ultrapassou fronteiras fictícias
O 50.º aniversário da Marcha Verde constitui uma ocasião solene para recordar, com orgulho e emoção, um dos momentos mais gloriosos da história contemporânea de Marrocos. Nesse dia, mais de 350 mil voluntários civis, vindos de todas as regiões do Reino, marcharam de forma organizada, pacífica e disciplinada rumo ao sul, ultrapassando fronteiras artificiais e erguendo com orgulho a bandeira nacional sobre um território que sempre fez parte integrante de Marrocos.

Esta mobilização espontânea respondeu ao chamamento histórico lançado a 16 de outubro de 1975 por Sua Majestade, o falecido Rei Hassan II, convocando o povo marroquino a participar na recuperação das províncias saharianas. Este apelo surgiu na sequência do parecer emitido pelo Tribunal Internacional de Justiça de Haia, que confirmou a existência de laços jurídicos e de lealdade entre os sultões de Marrocos e as tribos saharianas.

Ao reconhecer que o Sara nunca foi uma terra nullius — ou seja, uma terra sem dono — e que existiam “vínculos jurídicos de lealdade” entre este território e o Reino de Marrocos, o Tribunal validou a legitimidade histórica e jurídica das reivindicações marroquinas sobre os seus territórios espoliados. Este parecer tornou-se, assim, o ponto de partida de uma marcha pacífica e exemplar, que selou, de facto, a libertação das províncias do sul e a reunificação do território nacional.

Encarregado de Negócios da Embaixada do Reino de Marrocos em Bissau, Sua Excelência Babana El Alaoui Mohamed Salah e antigos estudantes guineenses formados em institutos e universidades marroquinas.

A Resolução 2797: um marco histórico

A Resolução 2797 do Conselho de Segurança das Nações Unidas consagrou o plano de autonomia proposto pelo Reino de Marrocos em 2007 como a única base séria e credível para alcançar uma solução política duradoura para a questão do Sara marroquino.

Esta resolução é fruto de um consenso internacional sem precedentes em torno da marroquinidade do Sara e do plano de autonomia. Vai além do simples âmbito diplomático, estabelecendo um novo paradigma, em que a questão do Sara passa do terreno político para o da engenharia institucional, do desenvolvimento e da boa governação.

Trata-se de um texto que abre uma etapa decisiva, redefinindo profundamente a natureza do dossiê, o papel dos seus intervenientes e as perspetivas de resolução.

A Resolução 2797 representa também uma vitória histórica da diplomacia marroquina, não apenas pelo seu conteúdo, mas pelo novo enquadramento que estabelece. Ela desenha uma nova abordagem nas relações internacionais e na resolução de conflitos, transformando o Marrocos de ator do conflito em arquiteto da solução.

Partida de futsal em Bissau

A novidade da Resolução 2797 reside igualmente na forma como as Nações Unidas revalorizam a abordagem marroquina. Esta mudança é fruto dos esforços contínuos de Sua Majestade o Rei Mohammed VI, ao longo dos últimos 26 anos, e do seu empenho pessoal nesta causa, com o apoio explícito das principais potências membros do Conselho de Segurança e o reconhecimento da proposta marroquina de autonomia, estruturada há mais de quinze anos.

Atividades em Bissau
As comemorações tiveram início com um torneio de futebol, cujo pontapé de saída foi dado pelo Encarregado de Negócios da Embaixada do Reino de Marrocos em Bissau, Sua Excelência Babana El Alaoui Mohamed Salah. O torneio reuniu antigos estudantes guineenses formados em institutos e universidades marroquinas.

Encarregado de Negócios da Embaixada do Reino de Marrocos em Bissau, Sua Excelência Babana El Alaoui Mohamed Salah e antigos estudantes guineenses formados em institutos e universidades marroquinas.

Esta primeira edição contou com oito equipas, divididas em dois grupos representando cidades do norte e do sul de Marrocos, nomeadamente: Laâyoune, Dakhla, Boujdour, Tarfaya, Marraquexe, Fez, Agadir e Rabat.
O jogo inaugural colocou frente a frente as equipas de Dakhla e Tânger.

Após o torneio, será realizada uma noite festiva dedicada à gastronomia marroquina, na Residência do Reino de Marrocos, com a presença de personalidades da vida política e cultural guineense, bem como de vários membros da comunidade marroquina residente em Bissau.

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