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Assembleia Geral da ONU aprova resolução sobre a Palestina com 142 votos a favor
A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou esta sexta-feira (12 de setembro) a Declaração de Nova Iorque, que defende a solução de dois Estados e o fim pacífico do conflito israelo-palestiniano. A resolução contou com 142 votos favoráveis, 10 contra e 12 abstenções.
O texto foi apresentado por França e Arábia Saudita, em nome dos Estados co-patrocinadores, e estabelece um roteiro para a paz que inclui um cessar-fogo imediato em Gaza, a libertação de todos os reféns, a criação de um Estado palestiniano viável e soberano, o desarmamento do Hamas e a normalização das relações entre Israel e os países árabes.
O embaixador francês junto da ONU, Jérôme Bonnafont, afirmou que o plano prevê ainda garantias de segurança coletiva que incluem Israel, apelando à Assembleia para votar a favor da resolução.
Em sentido oposto, o embaixador israelita, Danny Danon, criticou duramente a iniciativa, considerando-a uma “declaração unilateral” e “um gesto vazio que enfraquece a credibilidade da Assembleia”. Danon acusou a resolução de “não encurtar a guerra, mas prolongá-la”, de não classificar o Hamas como organização terrorista e de equiparar a libertação de reféns israelitas à de “criminosos condenados”.
Por sua vez, o observador permanente da Palestina junto da ONU, Riyad Mansour, saudou a votação como um sinal claro de apoio internacional: “Este voto esmagador mostra que existe um plano e um roteiro detalhado para a paz. Apelamos à parte que insiste na guerra e na destruição a ouvir a voz da razão e a resolver esta questão de forma pacífica.”
A Declaração de Nova Iorque resultou da Conferência Internacional de Alto Nível sobre a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, realizada em julho passado, em Nova Iorque.
Os Estados Unidos e Israel não participaram no processo.
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