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A Espanha anunciou que não participará no Festival Eurovisão da Canção de 2026 se Israel se mantiver no concurso. A decisão foi confirmada esta terça-feira, após uma reunião do Conselho de Administração da Radiotelevisão Espanhola (RTVE).

O alerta já tinha sido lançado pelo ministro da Cultura, Ernest Urtasun, que na semana passada afirmou ser inaceitável “normalizar a presença de Israel em fóruns internacionais”, tendo deixado em aberto a hipótese de retirada.

Além de Espanha, outros países manifestaram a mesma posição. Irlanda, Países Baixos, Eslovénia e Islândia avisaram que não marcarão presença em Viena, onde decorrerá a próxima edição, se Israel não for afastado devido à guerra em Gaza.

As televisões públicas destes países justificaram a sua posição com base na “grave crise humanitária” no território palestiniano. A emissora holandesa NPO sublinhou que “não é possível legitimar a participação de Israel no atual contexto”, enquanto a irlandesa RTÉ classificou como “impensável” uma participação perante “a perda constante de vidas em Gaza”.

A estação pública da Eslovénia, RTVLO, declarou que aguardará uma decisão formal da União Europeia de Radiodifusão (UER) sobre a presença de Israel, antes de confirmar a sua inscrição. Já a Islândia considerou “provável” a retirada caso a posição da organização não seja alterada.

Por outro lado, Israel garante que continuará no certame. O diretor da rádio pública Kan, Golan Yochpaz, defendeu que o país deve manter-se na Eurovisão, recusando que o festival “seja transformado num palco político”.