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Ministro da saúde declara que Centro de Hemodiálese não pode estar no Hospital Simão Mendes

O ministro da Saúde Pública afirmou que o futuro Centro de Hemodiálese não pode estar num hospital como o Simão Mendes, devido à riscos de infeção que acarreta.

Dionicio Cumba falava hoje em entrevista à Agência de Notícias da Guiné(ANG), sobre as expectativas de o país dispor de um Centro de Hemodiálese, há muito aguardado.

“A ideia que temos é que o futuro Centro de Hemodiálise não pode estar dentro de um hospital como o Hospital Nacional Simão Mendes, porque o risco de infeção que um paciente de hemodiálese vai ter no espaço onde circula é muito alto”, disse.

O que se pode fazer, segundo Cumba, no hospital Simão Mendes e nos seus potenciais serviços, onde haja doentes com insuficiencia renal aguda, é arranjar uma sala com camas que têm cadeiras de hemodiálise, nomeadamente nos Serviços de Urgência, de Cirrurgia, Medicina Interna e outros.

O governante disse que o Centro tem que estar fora do Simão Mendes com estrutura própria e construido de raiz. “E ao lado do centro, ter uma residência para os doentes que saiem de regiões do interior dso país, em estado agúdo e que não têm família em Bissau para fazerem seus percursos de hemodiálise”, acrescentou.

Dionísio Cumba sublinhou que o resultado final da Hemodiálese leva ao transplante de rins , o que, segundo as suas palavras, a Guiné-Bissau está longe de chegar, porque exige um conjunto de intervenções que têm que ser feitas antes do processo de transplante, sobretudo no que toca com o cadáver ou as pessoas em vida, onde a mãe pode dar para filho ou vice versa, caso são compatíveis.

Cumba disse que o projeto vai levar ainda um pouco de tempo para se concretizar, porque tem que ser criadas as condições básicas em termos logistícas e de infraestruturas.

Para o funcionamento do Centro propriamente dito, Dionísio Cumba realçou que tudo vai depender de financiamento, frisando que, em termos de formação dos técnicos, não deve haver grandes problemas e diz que pode durar cinco ou seis meses, para formar os enfermeiros que vão trabalhar no Centro de Hemodiálise, e para médico neurologista, um ano.

“Durante o encontro que vamos ter com a missão da Agência de Cooperação Brasileira, cuja chegada está prevista para 01 de Agosto, vamos perceber a disponibilidade do Brasil, em termos de financiamento do Centro e apartir daí poderemos ver qual será a dimensão do Centro e se o financiamento vai nos permitir tê-lo”, explicou.

Segundo o ministro da Saúde já foi identificado um espaço, em Antula, para construção de raiz do referido Centro.

“O importante neste momento é prevenir-se de todos os factores de risco que levam a insuficiência renal, a hipertensão, diabetes e outras, que nos últimos tempos aumentaram muito no país”, disse Dionísio Cumba em entrevista à Agência de Notícias da Guiné.

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Geraldo C

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