Suposta Invasão ao Domicílio de Ex-chefe da Segurança Presidencial Gera Controvérsia na Guiné-Bissau
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Por: Mutaro Djalo

June 26, 2025

June 26, 2025

Suposta Invasão ao Domicílio de Ex-Agente da Segurança Presidencial Gera Controvérsia na Guiné-Bissau

A Frente Popular denunciou nesta quinta-feira (26) uma alegada invasão, ocorrida na madrugada do dia 21 de junho, ao domicílio de Tcherno Bari, conhecido como “Tcherninho”, por indivíduos supostamente ligados às forças de segurança e ao Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.

De acordo com relatos veiculados nas redes sociais e confirmados por declarações políticas posteriores, o grupo teria entrado na residência de Bari sem mandado judicial, realizado buscas e levado duas viaturas, além de objetos pessoais não especificados. Desde então, o paradeiro de Bari permanece desconhecido.

No dia 23 de junho, o ex-Presidente Umaro Sissoco Embaló confirmou publicamente a operação, acusando Tcherno Bari de desobediência à disciplina militar e chamando-o de “desertor”. No entanto, até o momento, nem o Estado-Maior General das Forças Armadas nem o Ministério do Interior emitiram qualquer declaração oficial sobre o caso.

A Frente Popular reagiu com veemência, considerando o episódio uma “violação flagrante da legalidade” e denunciando a existência de milícias privadas supostamente ao serviço de Embaló. Em nota à imprensa, a organização política afirmou que casos como este demonstram a persistente anarquia institucional e a insegurança que marcam o atual contexto político nacional.

Tcherno Bari, segundo a Frente Popular, é uma figura central no aparelho de segurança da Presidência e é amplamente conhecido pela sua alegada participação em episódios de violência contra cidadãos, ocorridos nos últimos anos.

A organização exigiu ainda que os processos judiciais pendentes contra Bari sejam retomados com urgência, em conformidade com a lei, e desafiou as autoridades a apresentarem provas do seu vínculo às Forças Armadas.

Em tom crítico, a Frente Popular acusou o regime de Embaló de fomentar um “ciclo de impunidade” e apelou à responsabilização judicial dos autores morais e materiais de crimes cometidos no país.

// Mutaro Djaló

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