Moeda Comum na CEDEAO: Cipriano Cassamá diz que é preciso mitigar as potenciais desvantagens.

O Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau Cipriano Cassamá disse esta terça-feira (24.1) na abertura de seminário parlamentar da CEDEAO em Bissau que “é preciso igualmente mitigar as potenciais desvantagens, sobretudo para as economias menos avançadas” quanto a implementação de moeda única na sub-região.

“É preciso igualmente mitigar as potenciais desvantagens, sobretudo para as economias menos avançadas e com uma capacidade produtiva ainda muito incipiente, como a nossa, como sejam o aumento da concorrência, o risco de conduzir ao colapso das nossas pequenas e médias empresas, entre outras” disse Cassamá, sublinhando que “ ter uma moeda única, o que ajudaria a eliminar barreiras comerciais e monetárias, reduzir os custos das transações, impulsionar as atividades económicas e elevar os padrões de vida das nossas populações.”

“É incontestável que o projeto de criação de moeda única no espaço da CEDEAO é extremamente aliciante para a nossa Organização, para os países membros, e principalmente para os nossos povos”, realçou.

O líder do Parlamento guineense enfatizou ainda os benefícios de uma moeda única na CEDEAO.

“Olhando para os objetivos que a Organização se propõe realizar, com especial ênfase para a criação do mercado comum, a abolição dos direitos aduaneiros, a supressão dos obstáculos à livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais, sem mencionar a criação de uma união económica, acredito que o caminho aponta necessariamente para a criação da moeda única na região da CEDEAO, que vai abranger uma área de 5, 2 milhões de quilómetros quadrados, uma população de 400 milhões de habitantes e um PIB combinado de 734,8 mil milhões de dólares, o que por si só constituem uma mais valia em caso da criação da moeda única”, frisou Cipriano Cassamá.

De acordo com o presidente do parlamento guineense “os caminhos a percorrer no processo de criação de uma moeda única no seio da CEDEAO revelam-se complexos e de diversa natureza”, pelo que considerou ‘se afigura fundamental estabelecer metas bem claras e prazo de execução bem preciso, sem contudo esquecer a questão da sua ampla publicitação para que os cidadãos comunitários, enquanto principais destinatários de todo o processo de integração regional, possam compreender as vantagens que a sua adoção poderá propiciar”.

“E esta é uma tarefa sobre a qual todos nós devemos estar engajados, havendo, pois, a necessidade de os parlamentares desempenharem um papel preponderante de fiscalização em todo este Processo”, disse.

Neste sentido, Cipriano Cassamá disse ser otimista que “os benefícios da moeda única superam largamente as desvantagens”.

RTB/E-GLOBAL

Redação

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