Sissoco Embaló chama “marginais” aos membros do MMS e admite contactos com Portugal
O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, classificou os membros do Movimento Manta Sangrada (MMS) como “marginais” e acusou-os de serem financiados por líderes políticos com o objetivo de atacar o seu governo.
As declarações foram feitas esta semana, à chegada a Bissau, após ter participado nas comemorações dos 50 anos da independência de Cabo Verde, na cidade da Praia.
“Cada marginal que tentar algo, vai pagar um preço muito alto”, afirmou Embaló, referindo-se aos confrontos ocorridos em Portugal entre membros do MMS e a sua equipa de segurança. Segundo o chefe de Estado, o grupo recebeu “uma resposta adequada” pelas provocações feitas durante a sua estadia no estrangeiro.
Um dos episódios mais mediáticos foi a agressão a Marius Biague, membro do MMS, que foi brutalmente espancado por agentes da segurança presidencial. Embora tenha lamentado o incidente, Sissoco Embaló reiterou que se tratou de uma resposta proporcional. “Lamento o que aconteceu, mas foi uma resposta adequada à provocação”, disse.
O Presidente mencionou ainda os nomes de Lesmes Monteiro e Hélder Vaz como exemplos de indivíduos que também terão sido alvo de represálias por atitudes consideradas hostis. “Isso não é admissível”, afirmou, reforçando que o Estado está atento a todas as tentativas de desestabilização.
Contactos com o governo português
Durante o mesmo discurso, Embaló revelou que já iniciou contactos com o governo português para discutir a situação de cidadãos guineenses residentes em Portugal que, segundo ele, estão a “perturbar o regime” a partir do exterior.
Relação com Braima Camará
Questionado sobre a sua relação com o antigo aliado político Braima Camará, o Presidente confirmou um encontro recente em Lisboa. “Braima é meu irmão, e estamos de mãos dadas”, afirmou, sem avançar detalhes sobre um eventual regresso da colaboração política entre ambos.
As declarações de Embaló ocorrem num momento de elevada tensão política na Guiné-Bissau, marcado por disputas internas nas coligações partidárias e um ambiente crescente de desconfiança entre diferentes atores políticos.
// Mutaro Djaló
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