Opinião
África, um continente repleto de recursos naturais, riquezas culturais e uma população estimada em mais de um bilhão de habitantes, enfrenta atualmente uma tarefa de extrema importância: superar as divisões que têm assolado o continente e procurar uma união que fortaleça sua posição no mundo.
O processo de colonização e a subsequente descolonização deixaram marcas profundas no continente africano. A arbitrariedade com que foram traçadas as fronteiras dos Estados africanos, desrespeitando a realidade étnica, cultural e política de seus povos, originou conflitos que persistem até hoje.
As divisões internas têm sido a causa de muitos dos problemas que afligem o continente: guerras civis, genocídios, corrupção, má gestão dos recursos e da riqueza, desigualdades sociais e económicas, entre outros. A fragmentação política e cultural impede a África de realizar plenamente o seu potencial, seja a nível interno ou externo.
É preciso sublinhar, contudo, que a África não é um monolito. Os seus mais de 50 países têm identidades, realidades e desafios distintos. A união não significa anular estas diferenças, mas sim, encontrar pontos comuns que permitam a construção de uma África forte e resiliente.
O exemplo de outras nações, sugere que uma união bem-sucedida pode trazer benefícios mútuos para os países membros, ao permitir uma coordenação mais eficiente de políticas e a criação de um mercado comum, o que pode potenciar o crescimento económico.
No caso da África, com uma população de mais de um bilhão de pessoas, o potencial de um mercado comum é vasto. Tal união poderia levar a um aumento do comércio intra-africano, gerando mais empregos e riqueza, além de tornar o continente mais atrativo para investidores estrangeiros.
Mas a união deve ir além do económico. É necessário que os países africanos trabalhem em conjunto para resolver os problemas sociais e políticos que os afetam. Uma maior coordenação poderia, por exemplo, ajudar a prevenir e resolver conflitos, promover a democracia e os direitos humanos, e fazer frente aos desafios ambientais.
O sonho de uma África unida é antigo e já deu passos importantes, como a criação da União Africana. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para que este sonho se torne realidade. A urgência é grande. As divisões que enfraquecem a África são, ao mesmo tempo, um obstáculo e um chamado à ação.
A união não será uma tarefa fácil, nem rápida. Exigirá compromisso, diálogo, respeito às diferenças e, acima de tudo, vontade política. Mas o resultado – uma África forte, próspera e unida – vale o esforço.
O futuro da África está nas mãos de seus habitantes. É hora de olhar para além das divisões e trabalhar juntos por uma África unida. O bem-estar do continente depende disso.
Sulay Camara CEO da RTB
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